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O poema absoluto expande o poder presente e potenciais (da palavra) multiplica, toda a desmesura e maravilha da linguagem ultrapassa o sentido, dialeticamente. Permite ver mais e maior (por inteiro). Ela faz evoluir o ser.

A poesia absoluta é a linguagem de Deus (além da matemática). O poeta cede à tentação do verbo. Em dizer o que é, quem sou, como será, através das palavras.

Do caos do verbo e do pleno caos das palavras ao cântico quântico, eis o percurso do poema. Como Adamastor devorando naus poetas sem amarras, limites, regras passadas (e como tais podres).

As palavras prosaicas traduzem reduzindo a realidade (ao que se vê ou sente ou ao que se pensa ser realidade aparentemente). Ao âmbito do parecer. A uma imitação (de quem as usa).

É preciso bloquear os muros, é preciso revelar, e não só relevar.

Qualquer história do tigre começa com leves ossos. Ao gênero pantera pertence o homem.

Assim se inicia estes Princípios líricos da teoria poética quântica. O livro ATANOR é a introdução.

Primeiro, é de convir que a poesia não está na capa do livro vistoso, nem nos marcadores chiques, ou em pôsteres do crepúsculo ou em noites de autógrafo ou em palavras primorosas (e austeras ou não) ou mesmo em botons ou banners quaisquer. A poesia está na página (quando desenbranquece). Não está no sentimento (nem na mágoa ou no riso). Não está na alma, está na página, no corpo da metáfora, na selva de sílabas, na letra, da mancha gráfica.

A PA visa superar (não só ampliar como muitos fazemos) a limitação da linguagem.

A PA é necessária para sobressair a limitação da linguagem (prosaica, imitativa, descritivística, egoica, conservadora).

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Murilo Gun

 
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