à crua querela
à luta sem ventre
á revolta vazia
dos anjos do homem.
Empedrados em teu olhar, leitora.
À visão lenta do homem de agora.
(E para sempre?).
Ao estrume, ao escárnio.
Ao esterco, ao chorume
humanos.
À terra
lugar da vida
e da morte humana.
Ao ermo da azáfama de ferro
antes esquálidas vozes da oca boca
perto da ambulante sombra
ouvindo música escura
junto a círculo morto
longe de toda comoção (ou probidade sensível)
distante da beleza (renegada)
estou a ir-me
a sentir não ser.
(Num instante regressar à origem
numa autêntica antimaiêutica
da carne e do espírito (corvo ou não)
embarcar. Sem Cítera, ou cais ou sal
de salvação à vista).
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