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Qui, Abr

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A morte é poliglota, fala

todas línguas da dor

catedrática em desespero

com PHD em último sopro.

Movem-na visões de absinto

e cedro libidinal.

  

Voluptuosa (e natural) anseia por anjos de trigo

deseja coisas encardidas e jovens

da geração perdida

atento sabe que seu triunfo

habita ruínas. Ostenta tregédias.

  

Do morto, olhos incessantes sabem

do rigor de tigres, da carniça de pássaros.

  

Quando cessar o sal do coração

terra invadirá o rosto (basaltos o nele demorarão)

a morte reinará soberba

com seus ácidos gulosos e senis

guardados por mantos de treva oblonga.

Murilo Gun

 
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