Peras do templo perpendicular. Ezra contempla
sente mirra e olíbano cobrirem ares de pássaro
esparramando como uivos na planície
ou uvas dos telhados de vime latadas de palavras
que de sua boca magna se enfileiravam na página
alma e prado da imaginação correr solta.
Como águas de catedrais chuvosas (ou plúmbeas)
que descendam das bentas cornijas.
Ezra viu a sombra da cruel púrpura
limos cegos viu, fumos e lipídios esgueirando-se
do ombro do vitelo fêmeas graxas suínas brilhando
pedra húmen e messe de verbo se elevaram
além das cumeeiras dos tratados de usura escura
(ou das comarcas d’água insolente)
além das chaminés de gases se alevantavam,
a cólera e o desapego de Ezra pela moeda
a dor Pound pelo mundo ultrapassava
o sublime de que se aposse um homem
além do sal ( não além de Érebo voraz)
era a pureza de Ezra que impotentes sombras
não macularam.