à inefável musculatura da alma
A cisão desvela vísceras.
À ruína de bispos ao cubo.
O acaso recolhe coisas, papéis, avulsos nomes
dados desconstruídos, homenagens podres.
À mônada, ao vácuo
a id icônico e vário
a ditos sinuosos
e serpentes do paraíso.
Conhecer-te a ti mesmo como nada
(eu não sou nada).
A cepas e castas novas da poesia absoluta.
Alegres labirintos de acrílico coleciono.
Verdade despreza esplendor.
À ruína dos cubos e podridão dos cones
ao crepúsculo dos bispos.
Há um jarro cheio de ocasos
na esquina esquerda do teu rosto
(com um resto de sol dando ênfase ao rubor
e um brilho meio inclinado
em ângulo amarelo (que se precisa quando
cor cinza invada o olhar).
Cinza de séculos, resto de chagas
cravos esquecidos ao pé da cruz
pátinas imensas e lenta ferrugem de horas
e fragmentos de tempo filtrados de ontem
que milênios depositam nas almas lassas
além de máculas que espíritos teceram
infinitamente na carne
com a linha do pecado (e o dedal do lodo)..
Cada um possui seu abismo pessoal
(e vulnerável). Nunca o compartilhe.
À alma do lírio.
À suposta poesia (absoluta ou o que seja ou diga).
Lágrimas literais caíram (céus desabaram)
como gredas, nuvens pesadas ou ira de granizo
da calçada onde quimeras conversavam
sobre a ruinosa beleza do último apocalipse
(e o pó veloz que devorou a narina da esfinge
arruinando parte do mistério)
e sobre as formas deletérias do futuro