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O poema absoluto na realidade é hipnótico. À primeira vista, estranho, tende-se a afastá-lo de si, dos olhos e mentes leitoras.

No entanto, a reação é anti-hipnótica: quer-se livrar do efeito medusante, paralisante, devorador do ente fruto do verbo de barro. Sua complexidade penetrante, seu hermetismo atraente exercem um efeito seduzante, ao qual a primeira reação involuntária é evitar, porém logo o estranhamento torna-se encantamento. E algo irresistível leva-o (a leitor absoluto) a bordo do poema, a ir – como Rimbaud bêbado – embarcar na ébria barca dos sentidos.

Pode-se afirmar que o poema absoluto beira a linguagem do desejo oculto.

Murilo Gun

 
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