a viva solidão
penetra o corpo
extinto de espera
atiça a saudade
o longo frio da noite
nas agudas chamas
do silêncio
o sonho acende
lentamente
se esculpe a espera
da matéria
do mármore do tempo
rebentam
imagens de carícia
no seio selvagem
(memória
ou imaginação
das mãos?)