Pequeno protozoário (de onde viemos, da monera primitiva, dixit Darwin) de um só flagelo. Que possuía simultaneamente qualidade de matéria e espírito.
Átomos da natureza, elemento das coisas. As mônadas, na teoria monodológica de Leibnitz, são impenetráveis (muito além dos hímens comuns) a toda ação exterior, guardando similitude com minha teoria poética de que as palavras no poema devem resistir a toda força hermenêutica que a ela se imprima ou sujeite. A todo esforço (vão) de decifração de críticos e leitores (não mais desavisados) que caem como lobos sobre o cordeiro de poesia, na pele do poema, para devorar sem piedade ou demora. Devemos (neopoetas) negar-lhes esse triunfo fágico.
Que quanto mais sofrerem e mais suor exegético derramarem, melhor. As mônadas poéticas diferem dos átomos mecânicos dos versos tradicionais, assim como Demócrito de Max Planck.