Já luz prolixo ocaso
dorme o páramo montanhoso sono
pesadelo do prado para
maçãs já sonham
então te desperto macia
para infinito coito à tarde lenta
(à sombra do último raio)
porque a eternidade é noturna
e o infinito pare o amor.
(Beijo-te olhos com luz dos lábios
tens sabor de nardo e luar amaro).
À sombra de maçãs sonhando
no corpo adormecido do prado
leito e campa, planície e pasto
sede e ébria água, sumo eterno
fagulha e racimo, amor e morte
(em comunhão serena).