Vou bilhar no poço
(de minha inconsciência)
com jarro de ombro
água de sede fisgar
(peixe do fôlego)
com meu jeito escreto
tacar o sôfrego
do nômade ao ofegante fazer jorro.
Sei que muito acrisantemo quando
enjardino o poema
mas é porque me crepusculo assim
corroer a cor meu espírito escuro.
Sempre coloquio quando as palavras escapam-me
do dedo para a página (do corpo
e da alma de barro do verbo dado ao cubo).
Esmiuço-me toda vez que arranco
deste barro da alma algumas palavras
que aplico como mármore no aéreo poema.
Estridulo-me mas não desisto.
Aspero-me com candura.
Canduro-me com aspereza.