Escritura de relva ou argilas da alma
letras que o espírito da terra amanha.
Sombra do nome da areia úmida
tecida por penépoles marinhas.
Concha do rosto do ombro da lua pende
de marés amorosas, graves, lascivas.
Pesos leves aos pés se derramam
como sons de sinos escorrendo da alma.
Corpo do sonho das carícias
acordando desejos exilados.
Rumor de beijo do fugaz orvalho deixa
estampado no bramante da vida
impotente vontade do lábio
caminho de saliva, impressão de orquídea.