Mostra, amiga
teu coração às rosas
deixa que floresçam sombras
e rastejem ante teus olhos e lábios
fugas de orvalho, odes de abelha
entre o dorso de dois meios-dias
eu pronuncie teu nome
ao chegar setembro do cio
eu aprimore o beijo corporal
e o exercício da volúpia
se alastre por corpos e almas
e pássaros pousados no silêncio
observem teu ventre amado
adormeça rosas teu sorriso
hóspede de meu coração escuro
murmures-me teus desejos
e ao horto de meus braços venhas
tua volúpia frutificar.