Multiplicação de pães e rins
olhos embuçados no baralho
a sombra dos naipes escondida
numa caderneta de pedra asteca
dentro de uma manga imprevista.
Aurora dos lábios em demasia
silêncio em catadupa.
Amor a mendigar
pães de afeto
urzes de usura.
A imensidade do sim termina
em dois nãos.
Um de água, outro de orgulho.
(Vou morrer, vou rever a vida?)
Gravatá ébria de 1999