A tanger de Paris as palavras
ao redil da página sem alma.
Poeta recupera instinto do verbo
pastor do seco e do árido
sedento do incerto e da dúvida do ser.
Prenhe de céus destroçados
lutuosos horizontes o poema.
No fim do poema encontro
o féretro do verbo
e sigo o esquife da palavra
até o espectro da lauda.
Até as vertigens de Borges
até que todo o alarido coral sal
do silêncio estanque.
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