Se interrogo ruínas, respondem:
é da natureza do edifício ruir.
E da natureza do Brasil ruir?
E a aridez no rosto, a quem interessa?
E acrópoles e mais acrópoles protendidas
coliseus rachados, chamas apagadas
mutilado o sexo de mármore das estátuas.
Até a liquidação dos últimos ossos
e a vinda de todos os dissídios
o tempo não passa.
Hoje, entre a turva superfície da água
e a mais límpida (e mineral) treva, resisto.
A investir em lápides. E panos ou ácidos
para a palha da alma lavar.