O paraíso é lilás. Não é azul. Nem branco.
Seu portão (majestoso angelical) é de acrílico puro e
bem blindado: pelos três rios magnas minerais.
Tungstênio Baltazar, Urânio.
E de neon vistoso, feérico, celestial está impresso nele
o nome do Nume: Deus. Denso, ubíquo, único unânime
onisciente, onitópico, extraordinário. Onipresente. Sempre.
Como numa explosão, lascas de luz formidanda atiram-se
cosmos afora celestialmente impregnada de afiadas
nebulosas perfumadas, ensejam relâmpagos de ouro súbito
do seio inexoravelmente dos quais brota
nome espetacular de Deus... anônimo
e estampado com fervor na ara central e oblonga do céu oblíquo
e vagaroso como cósmica serpente.
EXES
Sou um ex... não dois ou três exes. Não sou ex-guei, sim?
Sou ex-amado por todos, ex-amoroso, ex-culpado, ex-poeta...
eis (ex) o que sou. E tu és ex o quê? Ciberguey?