Da noturna fonte vem o dia
ainda dissoluto de águas incompletas
trégua chegue às velozes pocilgas
trajes não mais em nu se disfarcem
metros de dogmas queimem
dos turíbulos de cinza erga-se voo turvo
espírito creme (o amarelo espraie-se)
coivaras de círios cresçam, a face trema
quando te acerquem vermes densos
e a sombra do cristal enfureça
os sois das pedras a dor dos olhos
e o silêncio se faça tundra sem data
e a veia em paraíso se abra
e o clamor secreto torne-se
sílaba de grito e luz duradoura
banhando as alvoradas da Babilônia
os escuros dos trâmites da alma esclarecendo
manhãs esculpindo os olhos dos homens
atravessadas nas pupilas das rosas.