Toda moral é comerciável.
Justiça é Necessidade.
Hegel nunca perdoou a Deus não tê-lo feito assistir à Criação. Leibniz, que não assistiu ao fulgurante espetáculo do início, disse que Deus não teve culpa, desde que a criação fora per modum fulgurationis – à maneira de relâmpago. Eis o apetite de ver em cena. Para Goethe, ouvir uma fuga de Bach dava a sensação de ver Deus, em pleno ato e divo esforço, criando mundo.
Erro de Deus (digo-o, eu) foi criar a natureza e nela colocar o homem de espírito finito. E inacabado como ser. Verdadeira praga.
O mundo da aparência
essa vossa vida capitalizável
pasteja o transitório
e se apascenta da morte.
À necessidade vital até Deus se submete.