Que toda a náusea
e todo o repouso
dos olhos morram
ante sacro espetáculo desse crepúsculo vital.
Que ravinas incendeiem aquarelas
e formas altas mais se amorfoseiem
que prismas esculpam bosques ávidos
com escolpo do vento
e a prana do tempo
que matizes estraçalhem cúpulas
e textos de tigres abocanhem
tenazes melodias, músicas selvagens
que tudo se quede ante beleza
terrível e rica de um crepúsculo qualquer.
ADDENDUM
A eternidade é inútil. Talvez, sim.
Para nós, meros seres em trânsito rápido
qual a utilidade do eterno?
Nenhuma, né.