Até sombras apodrecem
quanto mais claridade do homem
Imagética vertiginosa
Até sombras apodrecem
quanto mais claridade do homem
Imagética vertiginosa
Tudo se resumia na estranha
partitura de todos os sonhos
em especial os ensandecidos ou impróprios
Id tudo sabe.
E pelo sonho torce.
À encarnação
ao logos feito carne
À luz das lâmpadas vazias
à luz de metano dos pântanos
assim que céu enlouqueça
Esquivo poeta ronda
ébria pálpebra do barco
(de barro) enquanto
À escrita poética simulacro do sonho
grifada da alma à tinta lábil
da pele rústica do homem impregnada.
Todo sabor é putrefato.
Todo saber é simulacro.
Um pouco de sono ainda
Amanhecer cálice lento
que esplendor percorre
como sombra
Às fugas, traços, máscaras,
matéria-prima dos espelhos
verdades do rosto.
Epifânico e vil o poema. Caixa de incertezas crônicas. A ressoar impureza. Ninho de canto bursátil.