A Poesia Absoluta recusa – e é peremptória (abomina o conteudismo como finalidade da linguagem como ideologia que faz veículo da palavra)
redução (da palavra poética) a conteúdos obrigatórios e essenciais. Palavra que exista só pelo que diga, que objetive só e nada mais que conteúdo. Quando, para a poesia, a palavra deva desobjetivar, recusar a sela e a carga de conteúdo (pesado ou não). Palavra poética não é animal levando recado. Não é alimária de mensagem. Acabou esse tempo. Acabou. Absolutamente.
Uma estrofe quase estropiada
sob o peso feroz e injusto
dos conteúdos que carreguem
mensagens (sociais ou não)
que as pobres palavras ou formas
em seus lombos verbais transportam.
Nova subjetividade é a proposta da PA.
A página branca é uma caixa preta que o poeta
absoluto abre e liberta os tentáculos da emoção
para que fique a poesia pura
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