À rubra claridade de outubro
junte-se clamor pelo escuro
que alma dividida habita
entre utopia e mecânica fluida
divisão de lucros fúteis
e perdas agnósticas
charco imenso cocho
de perdizes e agosto.
Que lustre das asas dos sonhos
enferruje luz de agosto
e dias bisonhos em que já não mais ruja
a dor.
E pulcra seja a certeza
de que a vida é suja.
Não é rija.
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