Inventarei rumor rosa do lábio
a capinar alma sôfrego urro
minando rosto esgar de gozo
tempo abrindo pássaros no corpo.
Saberei a cor do teu cio, seu
azul voluptuoso e íntimo róseo
sonoro vermelho do sangue
partejando o falo
aos borbotões erigindo veia
escuros da vida rogando de luz e sêmen.
Irei ao imo da noite buscar-te
Perséfone de carne
à infiel Penélope lascivo apelo.
Escavarei êxtase vermelho
apalpando grito até a alma
fruto até raiz madura
libidinal respiração bebendo
até leito dos joelhos redondos
onde adormecerei confortado
com a satisfação do lábio
cujo rumor inventei.
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