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Insônias naufragaram e se redimiram

vígil pálpebra abandonou sono

a si mesmo insano

moléculas de vigílias sucumbiram

renasceram visões acesas

insônias se rebelaram

dorso noctívago revelou-se suave

à grave planície e a torso da noite

onde se ceve.

 

Aplaca-me sôfrego deus, zomba da carne

apoda-me insone e sacro ser

suprema ânsia deflagra, arma-me

de tormentos e viris visões, tortura-me

de esperas desesperadas.

Que o mais pequenino grão de lua redija

em sua solidão a planície da alma

que frugal deserto alcandore sono

de tempestades de muro adormeça a noite

e dunas sitiem o poema.

 

Lasciva seiva dá-me

em cálice resolutos

das taças eretas derrame-se alma.

 

Extinga sono, à recôndita volúpia ofereça

sede veemente, ao prazer sonâmbulo o mundo.

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Murilo Gun

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