Creio nas maçãs furunculosas do éden
nas intempéries do espírito
nas cárceres céleres
nas atmosféricas catástrofes
em dúzias de motosserras
nas dúvidas cartesianas
e nos graves gorgulhos que laceram
maçã caída na calva de Newton
e nos deleites opulentos e crápulas
e na poluta fila para o céu.
Creio sobretudo nas mordaças
das bocas dos pecadores
e no incombustível da alma.
Porque entre areia, muro e ruína vejo
mundo desmoronando.
{jcomments on}