Passam esperanças como baronesas
na roda lenta da enchente
como nomes cravados nas lápides urgentes
como rios esquecidos (de água emaranhada)
como a dor de uma noite antiga e perdida
como hinos ao sol tropical
passam as esperanças
como coivara de flandre
como os natais e as rimas
passam as esperanças
como desejos exaustos volúpia extinta
como as estrelas do cio
como um eito de chuva
como uma folha do outono
como uma vela de velório
como um pássaro no crepúsculo
passam as esperanças.
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