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Qui, Abr

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Pequeno  protozoário  (de  onde  viemos,  da  monera  primitiva,  dixit Darwin) de um só flagelo. Que possuía simultaneamente qualidade de matéria  e  espírito.

  Átomos  da  natureza,  elemento  das  coisas.  As mônadas, na teoria monodológica de Leibnitz, são impenetráveis (muito além dos hímens  comuns)  a  toda ação exterior, guardando similitude com minha teoria poética de que as palavras no poema devem resistir a toda força hermenêutica que a ela se imprima ou sujeite. A todo esforço (vão)  de  decifração  de  críticos  e  leitores  (não mais desavisados) que caem como  lobos sobre o cordeiro de poesia, na pele do poema, para devorar sem piedade ou demora. Devemos (neopoetas) negar-lhes esse triunfo fágico.

Que quanto mais sofrerem e mais suor exegético derramarem, melhor. As  mônadas  poéticas  diferem  dos  átomos  mecânicos  dos  versos tradicionais, assim como Demócrito de Max Planck.

Murilo Gun

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