A morte, ilumina-a
pera de luz velada
crivo escuro
círio extremo
luz mestiça
de um ângulo do velório.
Nada indicava o desrumo
Tudo implicava em sem-saída
até da certeza de um axioma
eu duvido.
À agonia de César não cessa
o punhal de Brutus.
No instante vital da morte
o que vale uma sintaxe
um conectivo, vírgula, metáfora
o que vale senão o hiato do outro mundo?
Afasta-se a tarde
leva com ela
meus olhos crepusculares
A noite seqüestra a lua.
O imo guarda na despensa tua.
Esperança invisível me encurrala.
Vivo da espessura árida da palavra.