Eu estribilho, desesmoreço, corto as cartas
o ás respiro, engendro, urdumo, urdimbro
verticiar não convexo porque eu côncavo
e geometrizo sempre que poemo.
Tenho por sina patiar entorno de igrejas
(e beber adegas) porque verticio sempre
que angulo um poema absurdinando-me
Aminuncio-me quando para não me amiudar
daninho-me a poemar o futuro
(que está descendo pelo ralo humano).
Como vais te empedrar me encasulo
nóbrega aranha que sou netamente manuel.
A propósito, manuelo-me quando
a garoa mostra suas coxas aéreas a João Marques.
- Dias incontáveis uivo (e vivo)
à sombra do poema, árvore
de palavras
grade de signos
e récuas de sentido.