A loucura do poeta é às vezes generosa
mas imprescritível
sempre lhe concede tréguas numerosas
que a furiosa musa amordaçam
o poeta torna-se por horas
dias, anos, outro homem comum
quando amortece o furor poético
e a lucidez absoluta o assalta
a palavra se desarma ou morre.
Recife, 06.06.2002