Meu 11º poema erótico real refragmentado em 2015 (já eréctil e linguisticamente disfuncional)
ELOGIO DO SEIO ELEGÍACO
Era ela alta de seios férteis
seios atenciosos e sólidos (mamilos vermelhos)
à sanha de meus dedos dedicados
(como maçãs a lábios de macias evas:
seios que me mordiam a boca).
Seios – diria Miller, de Trópicos – tesos e formigando
da blusa restrita rebelados.
Nada calmos mas calculadamente sedutores
(macios como maçãs de manhã)
sobretudo suculentos (ávidos de boa saliva vital).
Preciosos e apressados seios
ao preço da boca entregue
ao dom do gozo labial destinados
carnes fervorosa aos dentes devotos vitais
seios capazes de encantar a alma da mão.
Os pequenos eretos seios suspendiam in totum
toda eréctil disfunção é...
à pequena morte levavam.
PS. Mamilos gananciosos
à sanha decimal de meus dedos
dedicados como nuvem ao céu.
Próximo ao meio-dia era e a moçoila
se viçava me saciando às escondidas
(sem dúvida com graça).
Ela chilreava de êxtase
que o sexo consentia
transmudando a mulher
em pássara exuberante
(em voo pleno à cama).
Os seios vistosos e redondos
agarrados às mãos
como garras de escorpião.
Foi assim... agora só resta a memória da mão.
Poema: Seios são rijos
deuses redondos
para o culto
alpino do lábio
são canções de carne
que mordem a boca
e encantam
a alma da mão.