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Qui, Abr

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Meu 11º poema erótico real refragmentado em 2015 (já eréctil e linguisticamente disfuncional)


ELOGIO DO SEIO ELEGÍACO

Era ela alta de seios férteis
seios atenciosos e sólidos (mamilos vermelhos)
à sanha de meus dedos dedicados 


(como maçãs a lábios de macias evas:
seios que me mordiam a boca).
Seios – diria Miller, de Trópicos – tesos e formigando
da blusa restrita rebelados.
Nada calmos mas calculadamente sedutores
(macios como maçãs de manhã)
sobretudo suculentos (ávidos de boa saliva vital).

Preciosos e apressados seios
ao preço da boca entregue 
ao dom do gozo labial destinados
carnes fervorosa aos dentes devotos vitais
seios capazes de encantar a alma da mão.

Os pequenos eretos seios suspendiam in totum
toda eréctil disfunção é...
à pequena morte levavam.

PS. Mamilos gananciosos
à sanha decimal de meus dedos
dedicados como nuvem ao céu.

Próximo ao meio-dia era e a moçoila
se viçava me saciando às escondidas
(sem dúvida com graça).

Ela chilreava de êxtase
que o sexo consentia 
transmudando a mulher
em pássara exuberante 
(em voo pleno à cama).

Os seios vistosos e redondos
agarrados às mãos
como garras de escorpião.

Foi assim... agora só resta a memória da mão.

Poema: Seios são rijos 
deuses redondos 
para o culto 
alpino do lábio 
são canções de carne 
que mordem a boca
e encantam 
a alma da mão.

 

 

Murilo Gun

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