Olhos de rato excelsos
aroma de primavera podre
dor de pássaro morto
céu despedaçado
coração escuro
como lâmpada estrangulada
pele escarpada de panarício e lata
cútis de magnífico esterco e gazela
se nasceste entre abril e maio
morrerás depois de dezembro em vão
poço de eternidade teu rosto
de mácula e abismo roto
sorriso de pedra úmida e árido.
O esgar que és é necessário à vida que tens.