Luz silenciosa, cor de cobalto, claridade de basalto, cátodo de relâmpago, hélices de hélio, divo metano e augusto núcleo de urânio sólida luz de cintilações metálicas e filosófica ambição (do divórcio entre o mundo d’hoje e da beleza humana a escritura registrada na praça), eis a epifânica deformação da forma ordenada do mundo vivido de aparências para triunfo do engano que aliena e parteja a idiotia mundana.
Alvorada que morde a urna de treva do mundo que come os contornos impreclaros e anjos noturnos tornam rastilhos de luz duradoura como demônios e invalida o exterior do homem e do mundo. A luz começou dos olhos de Deus (eis sua história) e se estendeu a ossos, relvas, pássaros, ratos, cubos e se confundiu com o olhar ondulante e místico e se revestiu da cor pesada e imaginária do paraíso escuro, proibido. E é das ruínas do éden que nascem manadas de oásis e da sã claridade o futuro.