Sem eternidade ou retorno (dela)
o tempo humano é repetitivo, tedioso, inútil
entediante – só sexo, droga e música sertaneja
distraem inutilmente.
O tempo é inconsciente... e decorre
aos saltos no sentido anti-horário
na direção do passado (onde a morte existe)
pois é passamento, passar impassível.
O tempo é cíclico e sequela
vai (passa sem demora) do presente ao futuro
em direção ao passado. O tempo é falso.
O tempo preme, comprime, dilui-se
é premente e verdadeiro.
O tempo é tudo, só não é dinheiro.
Dai, não existirem bancos de tempo
(ou depósito de horas).
Caso contrário, contêineres transportariam
cargas horárias crônicas mares afora
em espaçosos comboios ou naus de átimo.