Cláudio Veras (Heidelberg)
Combato, de modo renhido e extremo, a ilusão de representatividade clássica, da representação do homem, da sociedade, da vida, do ser via poética.
Cláudio Veras (Heidelberg)
Combato, de modo renhido e extremo, a ilusão de representatividade clássica, da representação do homem, da sociedade, da vida, do ser via poética.
Sobre terra viçam
laranjas e cavalos
e lábios das mulheres pulsam
como falos úmidos
(especial para o grupo teoria e prática da poesia absoluta).
O poema absoluto na realidade é hipnótico. À primeira vista, estranho, tende-se a afastá-lo de si, dos olhos e mentes leitoras.
Eis a palavra que profetas abandonaram
migalhas de desertas bodas de areia e tempo
nuas lamentações e infieis dos seres.
Dormias como maçãs macias acomodadas
em bacias de algodão e litanias
sob égide de garboso candelabro
a lançar razias de luzes infantis
Desenvolvi, desde há 15 anos, o conceito da estrutura de uma forma poética, já existente teoricamente, taxionomicamente, como tal, porém não informada ou enformada, posto que se presume vazia, desde que não há prática do verso, tal como ela, esta forma, urdia.
Por VITAL CORRÊA DE ARAÚJO
“Primeiro encontrar, buscar depois”. Jean Cocteau.
Vital Corrêa de Araújo
Há uma licor de palavras
cheio de lumes e seivas
repleto de olhos de estrelas
Me ensimesmo
id a dentro naufrago
ir a esmo é ser
em si mesmo não ser
Espere, leitora voraz, a cada hora
irromper a desmemória, a navalha
o breviário da espada, a loucura da palavra
espere outra aurora de ira e usura