Acordei quando o quarto anjo vomitou
Em meu rosto esquerdo exalando
Biles apocalíptica em meu tétrico leito
E minhas cinco insônias se desesperaram
Acordei quando o quarto anjo vomitou
Em meu rosto esquerdo exalando
Biles apocalíptica em meu tétrico leito
E minhas cinco insônias se desesperaram
A silenciosa arquitetura
Da igreja gótica obra
Da parábola e teia do tempo
Fruto da mão, trigo
Aqui começa a decomposição do poeta
Pútrida erosão de suas rimas (árticas)
E odor malévolo das sextinas rústicas
Se espraiam como infecção galopante
Ao coração marinheiro de Neruda
Ao insondável coração de Borges
Ao dublinense coração de Joyce
Ao coração escocês dos Powell
A terra exige seus direitos (inalienáveis)
Apregoa a pregadores suas mazelas
Desola Eliot
Que olha suas nervuras e trevos
(FRENTE)
Do limiar de pássaro projeto
Meu voo ao Averno
Minha lídima vinda ao inverno
Sobre horas debruçaram-se
Hostes do espaço estacionadas
Nos ombros Atlas
Das sacras fontes das mãos de Deus engendradas
Cremes para consumo dos rostos.
Súplicas para conforto da alma.
Sombras para gozo das pálpebras.
Prego a fundação de uma nova
1 devoro obstinação e sigilo
2 convicção do pecado minha senha
3 me evado de todos os príncipes
(e dos tiques ditatoriais da gramática)
A sonata das folhas finda
(quando a queda termina
Os alados trompetes adormecem)
A orquestra recolhe