Eu deliro quando poemo.
Sou o id. E você é o quê?
Creio no incrédulo.
De insana consciência declaro que sou.
Eu deliro quando poemo.
Sou o id. E você é o quê?
Creio no incrédulo.
De insana consciência declaro que sou.
Por mais que o tempo não fuja de mim
Em debandadas horas
Abandonem-me as veias (e capilares horários)
Ou percorram meu corpo
Quando tudo ainda estava-se criando
E o Senhor ocupado suava da lida inútil
Do infinito esforço vão
As divas mãos já muito gastas
Mundo, cárcere longo túmulo
Estrada onde peregrinos morrem
Urna de pedra que trancafia a voz
Cárcere do verbo, ampola poluta
Gosto de mocinhas macias
(como maçãs vermelhinhas)
E das calcinhas de úmidas moçoilas
(para refrigério de lascivas narinas)
o burocrata abre
o envelope da manhã
e lavra
no livro próprio o termo
Amo o átimo de tempo que me habita
E o pórtico de espaço que me espanca
Pois de instante e sítio sou composto.
O infinito não me doma
Ao crepúsculo do ídolo a razão perde
Substancia e sensibilidade
Brilhos de pântano simula
Com suas perdas e lápides
Entre coxas,
A constelação do púbis,
A savana, o alfenin, a sede
Entre sebes,
Ela ouvia aromas vermelhos
Gritando da boca do éter
Nos planos côncavos do céu
Tocando abril no trombone da pálpebra