a Roberto Cavalcanti de Albuquerque
Felicidade em alta e na pauta disparada
nenhum verbo que a envergonhe
envergando fato lustroso de estrela desolada
a Roberto Cavalcanti de Albuquerque
Felicidade em alta e na pauta disparada
nenhum verbo que a envergonhe
envergando fato lustroso de estrela desolada
Este é o canto de uma viagem ao limbo
ao sexo de uma cidade sem arrimo
à tez de uma manhã sem amparo
de um dia sem noite ácida ata
Antes que o meio-dia tombe
e mutile a cânfora da manhã
antes que a noite com seu âmbar torpe desembarque
e disperse o turvo açafrão da tarde
E os bárbaros chegaram ao meio-dia ímpio
depois de bordejarem a manhã ferida
aportaram com seus pinos na canícula
(que reverberava nos ásperos e metálicos olhares)
Leitor de escombro
te encontro em setembro
sob sombra de duro vanádio
e guante de pássaros
(ou o lucro da treva)
a Odmar Braga (para quem
mandacaru é menorá)
Se cruzares com crise econômica
Quando o mundo era um todo dado pela natureza, estava o homem cercado por uma diversidade de vidas desconhecidas. Estava ele diante da terra, do céu, do sol, dos rios e mares, das flores, dos animais, das montanhas, das cavernas, das rochas, desertos, oásis,ilhas, regatos, árvores, vulcões, tremores de terra, etc.
ao anjo do Norte
que enfrenta o Horror
e triunfa na volta
ao aconchego da cobra.
Corvos de treva imersos em tinas de sombras
dúbias criaturas de aurora e greda suja
sinceros círios rodeiam o cadáver sírio
oblongos céus povoam
“O cervo é um vento escuro”
Água estagnada
goteja para o nada
assola o céu coalhado
nuvens grávidas