Alba negra perambula na calçada
e deixa rastros de arado no espírito.
Dos jardins de vivas náuseas viceja
e crava nos rostos retardatários
a beleza de uma aurora negra.
Negra alba deixa
nos punhos brancos registros
da desídia da noite
e naipes de desespero e ronco de porcos
no hábito meditando dos monges.
Frágil unguento (oráculo do coito)
traz no peito medalhas de papoula
e ébrias comendas banhadas
do êxtase das noites devassas.
A noite é um ritual
(espancado de luzes)
a sombra sumo sacerdote.