Cada passo
em falso
leva poeta
a cadafalso
da página.
Culto ao baraço.
Amor ao báratro.
Sou estalagens, arreios, urupembas.
Sonho com doutores de Bizâncio.
Não ao ler Yeats.
Anos enriquecendo o poema (não o ânus).
De tragos de absoluto ébrio.
Antes que a poesia se torne estridente
abandonarei os testículos do silêncio
(depostos por minhas mãos impotentes
por meus dedos e estrias do rosto esmagados)
enfunarei a vela ao martírio do grito
estrangulado na garganta do mundo
(e me acordarei confuso).
Traziam no rosto uivos (mecânicos uivos)
e grandes máscaras sinceras)
dos balcões da alegria acenavam
aos escritórios do meio-dia
à noite a tristeza os acorrentavam
a mais decadente insônia
é que estamos cansados de ser.
Nota: Não é sarcasmo de masmorra.