Entre as pernas o paraíso
brecha sublime, úmida e rósea racha
de carne e nácar
hasteada pela penugem
entre pernas relva túmida
cesta de pelos belos
florestas azuis
bosque capitoso
éden da boca,
(a que sede dos desejos não resiste).
Lasciva fonte
de odores ébrios
enleada e intrincada rede
que envulta púbica rosa.
Emaranhado belo, crespo, doce
selva de pentelho (em que me perco
e à boca).
Que minhas mãos tão decifram
adentrando-a em conchas
fonte da sede buscando
rachada flor de carnívoro aroma
(onde concentro a boca)
e capaz de gozos incomensuráveis
(e eternos).
19.10.2011