A poesia absoluta contraria (e rima) a miopia da consciência vigendo, a busca do facilitarismo do entendimento e da compreensão imediata.

Violado amor vaginal
aborto aberto (como um lírio)
fortaleza (do hímen ou da flor) desfalece
(tudo se desfaliciza afinal).

Nos cemitérios nus onde

credo vegeta se oculta temor

vige medo dor mora

O ato de compra é universal, metafísico, direto.
O ato de produção é ontológico.
Vende-se antimorte garantido 
com seguro de vida.
Compram-se prato de lentilha

Aos leitores do site Poesiabsoluta no âmbito da coluna Paradoxos e provocações literários, trago a questão do significado em poesia.

Rio banhando-se na óbvia e crua sombra

da folhagem

exuberantes matizes exibindo ao mundo

O conhecimento do que virá
será o teu martírio, leitora curial curiosa

a hora não mais chegará a ti
pois não (ou já) desvelaste o maquinismo

           (Tipo sangue devoto)

          Na América Latina, poesia não teve direito a boom. Mas veio antes. E ficou. Passou os booms de conto e prosa (novela, romances), ficou a profundidade da poesia.

É preciso bosquejar, flagrar logo um caráter supérfluo e redundante desta dita revista PJ. Que anela hostilidade ao bem estático estabelecimento poético brasileiro satisfeito e equilibrado (em quê porquê?).