Vou em busca do tempo perdido
nos nus desvãos da memória
nas prateleiras da prosa indecisa
Vou em busca do tempo perdido
nos nus desvãos da memória
nas prateleiras da prosa indecisa
(aos filhos Cláudio Netto e Murillo Gun)
Sete poemas para o neto (ainda no útero do futuro)
longe da dor do real, da angústia viva
Sede de poema tenho
que não sacia a palavra
jorro, revolto rio de imagem, catadupa
(Não) a Admmauro Gommes
Sensações inúteis
é o que eu sinto muito
Caracol é especialista em paciência.
Mário Benedetti
Flores relincham de volúpia quando
Era desenhista de catástrofes venais
agrimensor de auroras intestinas
areado nos labirintos dos fidalgos lodos
Alfange de palavras
águas com espáduas
toneis de mágoa, trapos.
a Benn, G.
Breve o pássaro como a flor
a abelha, o fruto, o amor.
Astrônomo estrábico
cego céu esquadrinha
com precisão ferina
Pratico heraquiri toda demanhanzinha, de novo.
Com cimitarras de plástico falsificado
degolo o ego desalmado, acaricio