De uma vértebra alada de Maiakóvsky fiz este poema
A melancolia do horizonte.
A voz rugosa do nada
De uma vértebra alada de Maiakóvsky fiz este poema
A melancolia do horizonte.
A voz rugosa do nada
Não sou.
Febril ser sem si.
Breve. Comparável a ínfimo
Esquivo poeta ronda
ébria pálpebra do barco
(de barro) enquanto
À escrita poética simulacro do sonho
grifada da alma à tinta lábil
da pele rústica do homem impregnada.
Até sombras apodrecem
quanto mais claridade do homem
Imagética vertiginosa
Amanhecer cálice lento
que esplendor percorre
como sombra
Às fugas, traços, máscaras,
matéria-prima dos espelhos
verdades do rosto.
Tudo se resumia na estranha
partitura de todos os sonhos
em especial os ensandecidos ou impróprios
Id tudo sabe.
E pelo sonho torce.
À encarnação
ao logos feito carne
À luz das lâmpadas vazias
à luz de metano dos pântanos
assim que céu enlouqueça