a Aristóteles Bastos
O ignoto que oferece
além de doutas sombras
a Aristóteles Bastos
O ignoto que oferece
além de doutas sombras
Ouça os ossos.
Sobretudo ouça os ossos do silêncio.
Se sentir algo estalando, cuide-se
Creio que a poesia é o melhor meio de você confessar-se a si mesmo perante os outros.
a Alberto da Cunha Melo
Brotam gritos da boca
da garganta abrem-se sílabas
Começo um texto que não sei o que será. Ou o que não dará. O espírito só fornece o primeiro verso.
Tenho por hábito bem arraigado imaginar algo (sem dentes até) bem real que não aconteceu ainda e buscar o equivalente verbal disso.
Pulo e aligeiro a dor
com estames feridos
e lembranças de sangue opacas
Além das circunstâncias e adjacências
além dos subúrbios rebelados
e das sombras comatosas
A questão da comunicação poética (que dizem torna-se mais fácil, por tem ritmo rímico e métrico – nemônico) é algo em que todos (até poetas cultos) tropeçam.
Ângulos noturnos escavo
do barro dos fragmentos
com esquadros de tempestades