Ao irmão Chorume
e a luzes das estrelas
que morreram há milhões de anos luz
Ao irmão Chorume
e a luzes das estrelas
que morreram há milhões de anos luz
a Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque
à célere barca das horas
nau errante que ancora
Quanto crueldade leva a luz
a iluminar a morte
declará-la como estipêndio
No local de crânios no Carpaccio
(sítio esquelético ou noturno)
e na fonte à direita de quem adente sóbrio
Teteu Innan deidade noturna
por alvoreceres velas
sono deitas entre turquesas
De pé meio prostrado começou o torneio
amestrando corcéis espumando caudalosamente
gozosos cavalos resfolegando glória lasciva e enlouquecidos.
Anoiteci a olhar o hipnótico e inteiro infinito
e as reses de estrelas do alto aprisco
ao curral das pupilas recorri
Minha voz sal alevantando-se
lua de cócoras, pâncreas elevado
gerúndios dançando balés brancos
silva de adjetivos em trânsito
Nada explicado, tudo implícito.
Na implicitude está o real.
Absoluto que a poesia resvala.
V. navega a forma soberba
da poesia avançada do tempo.
A cor aberta, a luz absoluta
dos ecos cavos e escuros do coração impartido