Nos cemitérios nus onde
credo vegeta se oculta temor
vige medo dor mora
regada pela fé do alívio
sobrenatural
no coração do eremita
repousa verdade
sonho consola
humanidade bate à porta
bebe-se na aorta o futuro
percorre deserto íngreme
da crença o ruir terrível
e pedregoso quando
pelotão do apocalipse passa
(enquanto crispam-se os estômagos
acutilados pela fome de não ser).