um poema sempre refere o indizível
São iluminações insensatas do sentido improvável
não alumínios da alma
ou perorações ao corpo.
Quem os compartilhem entenderá do
não-sentido... e o acolherá, talvez.
São espartilhos de palavras.
São do reino do que não se pode dizer
fatura do indizível
compromisso do inefável.
Tudo o que as palavras (de Neruda)
ainda não disseram indizerá o
poema absoluto totalmente.
O reino do verbo indizer é digno.
(Digno é, como diria Elytis).
Não há mundo íntimo para poeta. Só púbico.