Fúlgida pata hípica ou hínica
de cínica tão insultava o ar.
E máculas extraia do sopro
que ainda te cavalgava.
Os cochos da angústia ressoavam
pesadamente como porco em tinas de lata.
Os alforjes e as espáduas
velavam pela estrebaria de áugias.
As ameias da dor desmaiavam
na tarde infernal sob intenso
crepúsculo de alumínio
e o tempo inoxidava.
No Solimões vi canoas valentes
próximos à nave Rosa da Fonsêca
a quem jogávamos pães duros
quase desidratados e impunes
enquanto fotografávamos
negros gritos dos ribeirinhos
de mãos erguidas
em prece pedinte
coração de migalha.