Escrevi depois sobre estereótipos graxos
e pontos cegos e fugas cônicas além de agravos
regimentais e arquétipos antediluviano
escrevi sobre o poder branquial
e madeixas inglesas
sobre árvores pulmonares de paróquia lenta rezando
a uma tarde do esôfago de dezembro
sobre aparatos voraginosos ou abstratos
e estratos multicores e variados esgares
sobre vasos capitulares e capilares dos frades
sobre flores hipocondríacas
rosas esquizofrênicas
frutos biliares esféricos
e fluxos hepáticos de uisque
(mapeados nos bares do cérebro)
das rimas dos rins
e dos vulcões das gargantas (abertas ao fluxo do etanol)
sobre polímeros azuis (estagnados ou não ainda)
e elétrons vorazes
sobre inumeralíssimos hiatos convexos
e dísticos graves (ou golfo
de aspas homeopáticas dos monósticos de VCA)
sobre smog, pó, ritos britânicos, águas bálticas ou húngaras
alvéolos pulmonares fechando-se
tintos tâmisas de mesa (de fluxo ídico)
depósitos de húmus
urdumes de rosas
cordeiros estuprados
véus pecaminosos
intervalos
ameixas francesas e pérolas (de Zizek)
e de uma mulher nua em Nice o seio ereto
sobre grandes estrebarias amáveis
e higiênicos áugias
e cavalos dolicocéfalos
e multidões deprimidas (do Brasil)
sobre vértebras de setembro
e estruturas coloidais
catedrais mortas
aveludadas varizes
unhas e condolências
sobre tubos intestinais
cérebros entéricos
sombras (sim e não junguianas)
válvulas do coração (esquerdo)
réstias, nódoas, vômitos capilares vespertinos
pestes, sinos suínos, esquadros e baunilhas defloradas
além de abelhas, estrelas fenícias e ovelhas.